quarta-feira, 24 de junho de 2009

Entre a fé a febre chega ao Fotorio




A fotografia paraense estará representada em um dos maiores encontros do gênero no país, o FotoRio, que contará com a exposição individual “Entre a Fé e a Febre: Retratos”, de Guy Veloso. O evento acontece no Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro.

Para o professor e curador Rubens Fernandes Jr., “as imagens de Guy Veloso surpreendem pelo nonsense, pelo surreal, pela completa dissonância entre o mundo real e o outro mundo”. Enquanto para o fotógrafo e pesquisador Orlando Maneschy, Guy Veloso “nos conduz por um país estranho, fascinante e sensual”.

Notável também é a cumplicidade entre o autor e o personagem. Guy “se lança” ao assunto, retorna reiteradamente aos mesmos cenários, fotografa as mesmas pessoas por anos a fio, constrói vínculos, faz amigos. É um artista que se envolve, vive o tema. “É um documento de sua alma fabril, incansável e humanista”, aponta o fotógrafo Walter Firmo.

“Entre a Fé e a Febre: Retratos” já foi exposta no Museu de Arte Sacra de Belém, em 2006, e em mais de dez cidades do país. Do Rio de Janeiro, seguirá para a Bienal Fotodocumental de Quito, no Equador.

O trabalho de Guy Veloso compõe acervos como o da “University of Essex Collection of Latin American Art”, em Colchester, na Inglaterra; “Coleção Nacional de Fotografia”, do Centro Português de Fotografia de Porto, em Portugal; do Museu de Fotografia de Curitiba, no Paraná; da Casa das 11 Janelas, em Belém; e da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

O projeto, iniciado em 1998 e realizado com câmeras analógicas, investiga manifestações religiosas ímpares no interior do Brasil e mostra ritos que, mesmo em um mundo “globalizado”, são desconhecidos do grande público, em muitos casos, até mesmo das pessoas que vivem nas cidades onde ocorrem.

Fonte: (Diário do Pará)

Mostra Abaixo-Assinado no Museu da UFPa

Cultura Pará Todos(a)


CONVITE À PARTICIPAÇÃO

Prezado Artista

O abaixo-assinado Cultura Pará Todos reuniu até o dia 5 de junho, data em que foi protocolado na Secretaria de Cultura, 276 assinaturas reunindo em duas semanas artistas das mais diversas expressões, além de professores, pesquisadores, estudantes, padres e juízes, numa mobilização intensa em prol da comunidade paraense, prioritariamente da cidade de Belém, que se viu prejudicada quanto ao atendimento nos órgãos culturais de nossa cidade pela redução do horário de funcionamento.

A Biblioteca Pública Artur Vianna voltou a funcionar nos dois períodos, mas outras instituições continuam encerrando seus expedientes às 14h (com algumas variações, como nos museus, mas) trazendo prejuízos que já se pode contabilizar quando vemos um grande contingente, inclusive estudantil, sem as oficinas do Curro Velho, sem as sessões de cinema regulares da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e outros espaços, ora negados à população em sua amplitude de atendimento.

Vimos convidá-lo, portanto, a participar da Mostra Abaixo-Assinado, que acontecerá no Museu da Universidade Federal do Para nos dias 2, 3 e 4 de julho, no espaço do Jardim das Esculturas, e na sala de vídeo, como forma de chamar a atenção dos gestores públicos para a importância da Cultura, como nossa identidade e assinatura de cidadãos atuantes no nosso tempo.

Aguardaremos sua resposta de participação nos próximos dias a um dos contatos abaixo, e aproveitamos para convocá-lo para o mutirão dos dias 1 e 2 de julho, de montagem da mostra, como ação preliminar de um momento de união e força.

Informações gerais
Mostra Abaixo-Assinado
Museu da Universidade Federal do Pará
Av. Governador José Malcher, esquina da Rua Generalíssimo Deodoro
Dias 2, 3 e 4 de julho de 2009
Montagem nos dias 1 e 2 de julho.

Informações com
Lucia Gomes
luciagomesbr@gmail.com

Maria Christina
96226814 / 81989370
machristina@hotmail.com

Priscila Porto
84076588
prisporto@gmail.com

terça-feira, 23 de junho de 2009

Carderno de Viagens com Rosely Nakagawa e Makiko Akao

Guy Veloso no Fotorio 2009

Pomar de Silvana Saldanha




















Silvana Saldanha no Mercado da moda da Caixa de Criadores.

RECITAL ”SANCTUS” - CORAL VOZES DA AMAZÔNIA




















DATA: 26.06.09 (6ª.FEIRA), 20 HORAS
LOCAL: CAPELA DO COLÉGIO SANTO ANTONIO
GASPAR VIANA (ENTRE PRESID.VARGAS E ASSIS DE VASCONCELOS)

Sob a regência da premiadíssima maestrina Maria Antonia Jimenez, o Coral Vozes da Amazônia estará apresentando ao público paraense, o belissimo recital “Sanctus”. O recital será realizado na histórica capela de Santo Antonio.
O Coral Vozes da Amazônia , contará com as participações especiais da soprano Thayna Souza e do tenor Tiago Costa.
O repertório, sempre eclético, promete momento inesquecíveis para quem aprecia a boa música.. Imperdível.

Repertório

RECITAL DO DIA 26 / 06 / 2009 (6ª feira) – CAPELA DO COLÉGIO SANTO ANTÔNIO


1ª PARTE:

1. Hosanna (“Misa Cubana”, de José Maria Vitier)
2. Hino a São João Batista (Pe. José Maurício Nunes Garcia)
3. Kyrie (John Leavitt)
4. Blessing (Jonathan Willcocks)
5. Sanctus (“Messe Solennelle”, Charles Gounod)
6. Va, pensiero (“Nabuco” de Giuseppe Verdi)


SOLOS

2ª PARTE:

1. A Vida do Viajante (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil)
2. San Pedro trotó cien años (folclore espanhol)
3. Três Cantos Nativos dos Índios Kraó (ambientado por Marcos Leite)
4. Anos Dourados (Tom Jobim/Chico Buarque de Holanda)
5. Côco Peneruê (Waldemar Henrique)
6. Planeta Água (Guilherme Arantes)
7. New York, New York (John Kander e Fred Ebb)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Oficinas na Fotoativa

A Fotoativa oferece novos cursos. Confira.

Luiz Braga expõe na Galeria Leme















Abertura: 24 de junho de 2009 - 19h

O fotógrafo Luiz Braga, um dos dois artistas selecionados para representar o Brasil na 53ª Bienal de Veneza, reúne em sua primeira exposição na Galeria Leme 17 trabalhos, parte deles realizados nos últimos dois anos. São imagens que avançam noite adentro, diferentes da luz crepuscular e magnética que caracterizou seu trabalho mais conhecido, onde as imagens surgiam plenas de cores surreais.

Luiz Braga não aborda apenas a geografia, as referências culturais, as tradições populares e os habitantes do Norte do Brasil, mas transmite uma marcante carga afetiva, imbuída de valores humanos e livre de exotismo e de estereótipos, justamente pela originalidade e domínio com que capta o confronto entre a luz natural e a luz artificial, povoando o território do olhar - um lugar intransferível - de lembranças, cores e cheiros.

Em contraponto a este trabalho, Luiz Braga apresenta na Galeria Leme uma seleção de imagens noturnas, um novo momento em sua trajetória pautada pela subversão do uso da cor. Na etapa atual, o instantâneo do final do dia é banido para dar lugar a tempos mais generosos de captação, em busca das luzes que estariam ocultas aos olhos mais apressados. Surge então uma série de imagens noturnas povoadas pelo brilho de estrelas, folhagens inquietas, luas estridentes e barcas distantes, todas elas abrigadas pelo negro-azul inequívoco das noites equatoriais.

Este recurso, a longa exposição, permitiu a Luiz Braga não só o aprofundamento na busca de novas formas de fotografar - uma constante em sua trajetória - como manteve a experimentação do uso e dos efeitos da luz sobre o mundo visível. Traduzidas no olhar ampliado, são imagens que se livram da restrição territorial que caracterizou de alguma maneira, a linguagem do artista até então.



Sobre o artista:

Luiz Braga (Belém, Pará - 1956). Vive e trabalha em Belém.

Exposições coletivas recentes: 53. Esposizione Internazionale d’Arte, La Biennale di Venezia, Veneza, Itália; À procura de um olhar, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil (2009); 14° Salão da Bahia, Salvador, Brasil (2007); V Biennale de La Photographie et des Arts Visuels, Liège, Bélgica (2006); Panorama de Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil (2005); A Trajetória da Luz na Arte Brasileira, Itaú Cultural, São Paulo, Brasil (2001); Jungle Brasilianische Fotografie, Colônia, Alemanha (1997); Recent Photographic Art from Brazil, Photographer’s Gallery, Londres, RU (1996).

Exposições individuais recentes: Vagalume, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2009); Retratos Amazônicos, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil (2005); Desenhos do Olhar, 3ª Bienal Internacional de Fotografia, Memorial de Curitiba, Brasil (2000); Luiz Braga, Pulitzer Art Gallery, Amsterdã, Holanda (1993); Luiz Braga, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil (1992); Anos Luz, MASP, São Paulo, Brasil (1992).

24 Junho 2009, a partir das 19h
Até 08 Agosto 2009.

Rua Agostinho Cantu, 88
São Paulo | Brasil | 05501.010
Seg - Sex das 10h às 19h
Sab das 10h às 17h
+ 55 11 3814 8184
info@galerialeme.com
www.galerialeme.com

Entre a Fé e a Febre: Retratos

Expo do fotógrafo paraense Guy Veloso no CCJF, no Rio de Janeiro

Da Redação

Depois de passar pelo MAC - Museu de Arte Contemporânea de Santiago-Chile, pela Bienal de Fotografia Documental em Tucumán-Argentina e pela Leica em Solms-Alemanha, chega ao Rio de Janeiro a exposição Entre a Fé e a Febre: Retratos, do paraense Guy Veloso, no Centro Cultural Justiça Federal, com vernissage dia 23 de junho de 2009, às 19h.


A mostra investiga manifestações religiosas ímpares no interior profundo do Brasil; trata de ritos e tradições que mesmo em um mundo “globalizado” são desconhecidos do grande público (em muitos casos, até das pessoas que vivem nas cidades onde ocorrem). Registro de uma cultura imaterial que, se não está muito próxima do seu fim, ao menos a cada dia se modifica, perdendo suas raízes.


A captação das imagens, iniciada em 1998 – feita toda com câmeras analógicas –, contou com um complexo estudo prévio, exaustivas negociações com grupos religiosos fechados ou até mesmo de caráter secreto, visitas sistemáticas aos locais investigados (ao todo oito estados) e codificação das fotografias no tempo e espaço. Tudo isto gerou uma coletânea – das maiores do país – de fontes primárias de pesquisa no assunto.


Guy Benchimol de Veloso nasceu (1969) e trabalha em Belém-PA, metrópole de 1,5 milhões de habitantes no coração da Amazônia, um pólo cultural efervescente em meio à floresta equatorial. De formação acadêmica em Direito (1991), é fotógrafo independente desde 1988. Integra o livro Fotografia no Brasil, Um olhar das Origens ao Contemporâneo, de Angela Magalhães e Nadja Peregrino. Já em 1998 realizou (com apoio técnico de Antonio Fonseca) a primeira vernissage transmitida ao vivo pela Internet no Brasil, uma das pioneiras do gênero no mundo. Em 2007 foi tema de um documentário para TV dirigido por Débora 70 (Canal Brasil/NET).

Centro Cultural Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241 - Centro
Rio de Janeiro, RJ
Coquetel de abertura: dia 23 de junho, às 19h30.
Visitação: de 24 de junho a 02 de agosto, de terça a domingo, das 12 às 19h.
Apoio: Associação Fotoativa – 25 Anos.


Fonte: Portal Photos

Duas décadas de fotografia paraense

Produção contemporânea do estado estará em exposição no Foto Arte Brasília

Da Redação

Uma das mais criativas mostras de fotografia do país aporta no Foto Arte Brasília em novembro. Depois de ser vista por mais de 16 mil pessoas em Fortaleza (CE) e passar pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Fotografia contemporânea paraense será exposta na galeria Athos Bulcão, no Distrito Federal, do dia 3/11 até o final do mês.

A exposição tem a curadoria da paulistana Rosely Nakagawa e divide-se em dois blocos: Panorama 80/90, com obras de 26 fotógrafos atuantes ao longo das duas décadas, e Gratuliano Bibas e anos 90, composta de coletiva com sete fotógrafos surgidos nos anos 90 e individual de Gratuliano Bibas (1917-1997), representante paraense da chamada fotografia moderna, estimulada e organizada pelos fotoclubes nas décadas de 50 e 60 no Brasil.

O primeiro grupo dedica-se à fotografia autoral. Estão presentes artistas consagrados como Elza Lima, Luiz Braga, Guy Veloso, Flavya Mutran, Paula Sampaio, entre outros. O segundo traz o ambiente dos fotoclubes, que permitiu discussões sobre arte e experimentalismo na fotografia, presente na obra de Gratuliano Bibas, junto com jovens fotógrafos. Assim, a mostra faz uma ponte entre o moderno e o contemporâneo.

O projeto, que contou com a pesquisa de Rubens Fernandes Junior e Patrick Pardini, propõe a reflexão crítica da produção fotográfica paraense daqueles 20 anos, dentro do contexto da arte visual contemporânea, e sua difusão através de atividades como exposições, criação de acervo, site na Internet (www.fotoparaense80-90.pa.gov.br), produção de livro e CD-ROM.

A exposição propõe também uma ação educativa a partir da produção de material específico para o trabalho com escolas e outras instituições educacionais. São mídias pedagógicas, como pranchas educativas, Caderno do Professor e encartes sobre a linguagem e a história da fotografia, contextualizando a produção do Pará no período de 1980 a 2002.

As pranchas apresentam imagens com breves comentários para estimular a percepção do aluno e servir como ferramenta para interpretação da imagem fotográfica. Já o livro, apresenta a obra de 34 fotógrafos e constitui-se de 136 imagens (quatro de cada autor), quatro textos críticos e uma cronologia, que destaca os principais eventos e exposições no Brasil e no Pará no período de 1980 a 2002.


Serviços Photos

Fotografia Contemporânea Paraense - Panorama anos 80/90
Abertura 03.11, 5ª feira, 20h30 - Visitação até 30.11
Local: Galeria Athos Bulcão
(Anexo do Teatro Nacional Claudio Santoro, SCN Via N2)

Sites:
www.fotartebrasilia.com.br
www.fotoparaense80-90.pa.gov.br

Fonte: Portal Photos

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CULTURA E IMAGEM NA AMAZÔNIA


Caros colegas,
Informamos que nesta sexta-feira (19-05), às 14h 30min, no Auditório Francisco Paulo Mendes (Instituto de Letras e Comunicação, antigo Centro de Letras e Artes), haverá o nosso Seminário Interdisciplinar de Lingua(gens) e Comunicação,  cujo  grande tema será CULTURA E IMAGEM NA AMAZÔNIA. Os palestrantes serão os professores Luis Heleno Montoril Del Castillo (Letras) e Flávio Leonel Abreu da Silveira (Antropologia Visual).

Enviado por Luana Duarte

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

FotoRio_2009 | Galeria de Arte



FotoRio2009 | Galeria de Arte IBEU | 17 de junho - 20h

E L E F A N T E C I D A D E S E R P E N T E | FERNANDA CHEMALE | Fotografías


"As imagens foram selecionadas para a edição do livro homônimo, que retrata o cotidiano do homem nas grandes cidades. Fernanda encarou o desafio de criar uma coleção de fotografias sobre as cidades hoje, sem o compromisso de documentar os edifícios, as avenidas, as pessoas, enfim a história sociocultural do espaço urbano. Olhar a cidade, registrar seu cotidiano, sentir o pulsar irritante, perceber o movimento incessante. Ver a cidade nem sempre significa veracidade. É exatamente essa a principal idéia que perpassa no livro ElefanteCidadeSerpente. Fernanda assume olhar a cidade fotografando-a com uma acelerada visão, tipo zapping, permitindo que nós, leitores, sejamos parcialmente responsáveis pela montagem de incríveis caleidoscópios. Sua percepção aguçada, associada a um fantástico sentido de unidade fluida e plástica, possibilita que o heterogêneo e a descontinuidade, presentes nas metrópoles contemporâneas, apareçam como uma síntese que materializa seu gesto livre e expressivo", diz o pesquisador e crítico de fotografia Rubens Fernandes Junior.

cri .... cri... cri

...



ou um retrato pós-moderno da coletividade (real)




luciana magno

Mémoria

O espiandomundo nasceu da oficina Photomorphosis ministrada por Miguel Chikaoka. Como fui descobrir depois, a nossa turma tinha as caracteristicas iguais as outras: uma formacão muito heterogênea e uma paixão em comum pela fotografia. Arquitetos ( Kamila - hoje também mãe da linda Beatriz - e Luciana, que soma o curso de jornalismo na sua carreira), estudante de psicologia(Liane na época estava na graduação e hoje faz seu doutorado), estudante de ensino médio (Luluka termina seu tcc sobre a Fotoativa), e um outro grupo de aglomerados de diversas definições (eu, professor de Historia recém chegado de Marabá, depois assumindo um cargo na própria Fotoativa; Daniel, cadista que depois formou-se em Artes Visuais e a Livia, na época estudante de arquitetura e hoje no jornalismo e na produção cultural). Além claro outras pessoas que exerciam outras profissões como procuradores de justiça, militares, juíza, estudantes de medicina e duas incógnitas uma secretaria de uma famosa igreja evangélica e o Marcio que nunca soubemos de fato quem era.

Essa formacão tão estranha acabou resultando em um núcleo de 6, 7 pessoas que por um período de 6 meses alimentava o blog (uma nascente moda na internet brasileira) incessantemente. Uma parte da história do espiandomundo pode ser contata pelos post's do nosso espaço anterior.

Quando fizemos nossa primeira coletiva em dezembro de 2003, o blog passou a ser um espaço para marcamos nossas ações sempre coletivas (em bares, praças, terminal rodoviário, dentro da própria Fotoativa). Além de inúmeras reuniões e saídas fotográficas, cujo objetivo principal era nos confraternizarmos.

E assim fomos agregando nomes de talentosos e importantes fotógrafos paraenses como Guy Veloso, Paula Sampaio, Alberto Bitar, Roberto Meneses, Geraldo Ramos, Flavya Mutran, Octávio Cardoso, Makiko Akao sempre disposta a nos ajudar na seleção de imagens. Vale aqui o destaque para uma visita feita ao estúdio do Luiz Braga que nos recebeu com muito carinho e simpatia, nos deixando de boca aberta com a qualidade do seu trabalho e esmero com suas ampliações. E tantos outros que ajudaram a colocar o carvão na velha churrasqueira da Fotoativa (ainda situada na Frutuoso).

Vejo hoje uma explosão dos coletivos: expositores, pensadores, questionadores. O espiandomundo talvez não se encaixe nessa definição, até me arrisco a dizer que somos juntos-separados.


Raramente nos encontramos, continuo com a teimosia do blog, já não lembro de uma coletiva mas nos vôos solos esta lá o grupo. Nos recentes vídeos da Lú, nas exposições do Daniel, na borracharia que fotografei na Br 316, na FM2 da Liane e com certeza na fotos que a Kamila faz da Beatriz.

Historiar um pouco desse breve percurso tem a pretensão de nos fazer lembrar o quanto esse convívio coletivo foi e continua sendo definidor na minha vida.

Michel Pinho

terça-feira, 9 de junho de 2009

Entrevista com Tadeu Chiarelli

Uma entrevista com o Professor e crítico de arte Tadeu Chiarelli.

Fotoativa Pará - Sesc Pompéia

Entrada da área de oficinas do Sesc Pompéia - SP













Mesa com Tadeu Chiarell e Mariano Klautau Filho














Fotos: Michel Pinho

sábado, 6 de junho de 2009

Entrevista com Rubens Fernandes Júnior

Para pensar um pouco sobre a fotografia

Entre a fé e a febre projetado em Brasilia



Vídeo "Entre a Fé e a Febre" projetado em Brasília.
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O Projeto Lambe-Lambe

No dia 2 de junho, no Cabíria Cine Café, haverá projeções de fotos do Coletivo Punctum, Silvio Zamboni, Guy Veloso.

Cabíria Cine-café: 413 Norte- Brasília DF

Dia 2 de junho a partir das 19h30

Fotoclube f/508
61. 3347 3985
www.fotoclubef508.com
fotoclubef508.wordpress.com

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Documentário sobre boca do lixo no Iap

Alberto Bitar dá entrevista ao Diário do Pará

>> Fotógrafo paraense abre sua 4ª exposição individual.

Desde os seus primeiros trabalhos autorais, um tema mostrou-se constante diante das lentes do fotógrafo Alberto Bitar: a cidade, seu movimento, seu tempo particular, sua dinâmica complexidade. Fotógrafo desde 1992, ele vem chamando a atenção em mostras coletivas no Brasil e no exterior, com seus registros quase sempre obscuros, nostálgicos e fugazes acerca do ambiente urbano e da dicotomia entre o tempo e a memória mediados pela fotografia. Resultado do Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2009, “Efêmera Paisagem”, quarta exposição individual do artista, entra em cartaz na próxima terça-feira, dia 2, no Espaço Cultural do Basa. Neste trabalho, que reúne fotografias e um vídeo, ele recorda com afeto e nostalgia as viagens que fazia com a família quando criança.

O vídeo homônimo, ainda inédito em Belém, foi selecionado pelo programa Rumos Artes Visuais 2008/2009, promovido pelo Itaú Cultural, e participa de exposições em São Paulo, Rio Branco, Salvador e Rio de Janeiro ainda neste ano. Acompanhe a seguir um bate-papo com o artista.

P: Como foi o processo de criação de “Efêmera Paisagem”?

R: Esse também é o título de um vídeo que integra a mostra e ele é o início de todo esse trabalho. O vídeo, que conta com trilha sonora de Léo Bitar, foi produzido com imagens P&B captadas quando eu voltava do interior do Pará para Belém. Meu pai dirigia e era o ano de 2005. Essas imagens acabaram ficando guardadas por algum tempo e somente em 2007, quando estava finalizando esse vídeo, percebi que captar imagens de dentro de veículos me remetia às cenas que eu tinha na memória das viagens de carro que fazia para Mosqueiro com a minha família. A partir dessa consciência, resolvi aprofundar a pesquisa a partir de uma série de fotografias que, de certa forma, me transportam àquele momento. A utilização da cor, por outro lado, é um detalhe novo numa exposição minha.





P: Sua formação é de administrador de empresas. Como se deu o seu primeiro contato com a fotografia e a formação do seu olhar como fotógrafo?

R: Desde criança tenho curiosidade a respeito dos processos fotográficos.Em1991, eu morava em Manaus com minha família e trabalhava em uma empresa de engenharia de Belém que estava executando uma obra por lá. Nessa época, acabei tendo acesso a equipamentos fotográficos. Quando retornei a Belém, vim morar na casa de um tio, e meu primo, Léo Bitar, acabou me apresentando à Fotoativa e ao Miguel Chikaoka. Ainda lembro do momento em que vi pela primeira vez a imagem surgindo no papel dentro do banho revelador – foi “mágico”. Desde então, venho utilizando a fotografia como uma forma de expressão – a que mais gosto de usar. ENTREVISTA COMALBERTO BITAR

P: “Efêmera Paisagem” é composta por imagens captadas do interior de veículos em movimento, prática que você desenvolve desde o início da sua carreira. Por que lhe atrai tanto essa poética?

R: O movimento me atrai, a sua captura, do fluxo do tempo, a possibilidade da fotografia capturar em um único frame a somatória de vários instantes. Antes dessa percepção e de lembrar das viagens da infância, eu já vinha produzindo desde o início do meu trabalho pessoal com fotografia, vez por outra, imagens de dentro de veículos – como na séries “Fotografismo” e “Hecate” e, mais recentemente, em “Passageiro”. Somente agora percebo que todas elas acabam me remetendo àquele momento em que olhava pela janela do carro e percebia as alterações na paisagem provocadas pela velocidade, momento que, acredito, acabou sendo essencial pra formação do meu olhar.

P: Seus ensaios geralmente revelam uma predileção pelo urbano, a cidade quase sempre assume o papel de protagonista. O que tanto lhe chama atenção nesse universo?

R: A complexidade do cotidiano urbano me assusta, essa grande confusão que parece ter tudo pra dar errado, mas que, bem ou mal - ou bem mal no nosso caso (risos) - acaba funcionando. Acho que mais uma vez é o movimento que me chama atenção, ou todos esses movimentos juntos com suas velocidades particulares, nuances ou detalhes da metrópole. O crescimento vertical, o trânsito, os deslocamentos... Enfim, toda essa “desordem”. Essa complexidade também tem sido o eixo de uma série de audiovisuais que venho produzindo com ajuda de outros fotógrafos na série “Quase Todos os Dias”.

P: Você tem participado com destaque de festivais importantes no circuito cinematográfico nacional. Como se deu a sua incursão no audiovisual? E como você vê esse cruzamento cada vez mais frequente entre fotografia e vídeo?

R: Acho que era o caminho natural, visto que o movimento me atraía desde o início da minha produção com a fotografia estática. Aliás, foi a partir da observação de duas fotografias fixas que fiz de um mesmo plano, mas com tempos de exposição diferentes, e da possibilidade que as duas juntas proporcionavam, que eu e o Paulo Almeida acabamos produzindo em 2002 o vídeo “Doris”, utilizando somente fotografia estática. Acho interessante a utilização da fotografia fixa no audiovisual, subverter os 24 quadros por segundo do cinema e mesmo assim sugerir o movimento ou utilizar lapsos de tempo entre uma captura e outra e simular alguma aceleração. Acredito que essa utilização da fotografia, que remete ao próprio início do cinema, nunca deixou de acontecer seja nas experiências do Chris Marker ou uma sequência inteira do filme “Butch Cassidy”, que foi feito com fotografia de grande formato ou até mesmo a fotografia sequencial do Muybridge, que apesar de não ter animado na época, já demonstrava essa possibilidade, e o que Goofrey Reggio acabou fazendo no seu filme “Naqoyqatsi”, além de tantos outros exemplos que eu poderia enumerar. Acho que a responsabilidade pela grande quantidade de experimentos com a fotografia no momento se deve à utilização da imagem digital (seja de primeira ou segunda geração) e o acesso mais fácil a equipamentos de captação e edição.

P: Depois de “Efêmera Paisagem”, quais são seus projetos para este ano?

R: “Efêmera Paisagem” é uma série na qual ainda quero continuar trabalhando, acredito que haja várias possibilidades para ela, assim como “Depois do Lugar”, que é um outro ensaio que trata de memória e afeto, e que tenho vontade de aprofundar. Além dessas séries, começo a trabalhar em um projeto audiovisual que tem um pouco a ver com “Efêmera Paisagem”, mas que está em um estágio embrionário.

P: Na edição deste ano do programa Rumos Artes Visuais – na qual o Pará foi o terceiro Estado com maior número de representantes – a curadoria destacou uma tendência ao esvaziamento dos antigos regionalismos. Como você avalia isso?

R: Acho que a quantidade de informação e a velocidade com que ela chega a qualquer lugar, e a integração e aproximação entre lugares de qualquer distância que isso proporciona, consequentemente influenciam esse novo discurso, que acaba por ter sentido em qualquer lugar aonde chegue.

P: O Mês Internacional da Fotografia de São Paulo este ano terá uma maciça participação de fotógrafos paraenses, por intermédio do projeto “Cartografias Contemporâneas”, realizado em parceria com a Fotoativa. Como você acha que o Brasil enxerga hoje a fotografia paraense?

R: É tudo um processo, que vem desde as semanas de fotografia da Funarte, na década de 80. O 1° Mês Internacional da Fotografia de São Paulo já teve uma participação bem significativa de fotógrafos paraenses, e isso felizmente vem crescendo em quantidade e qualidade. É natural que isso aconteça se pensarmos que existem ações como as da Fotoativa, de difusão da fotografia, e de como essas ações nos fazem pensar a imagem. A visibilidade de um conjunto de fotógrafos fortes tanto individualmente quanto coletivamente também tem contribuído para o crescimento do interesse acerca do que é produzido aqui.

Fonte: (Diário do Pará)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fotografia: entre as paisagens efêmeras, a arte

Alberto Bitar abre hoje sua 4ª exposição individual, no Basa

Viajar de carro com a família, embora divertido, pode se tornar uma chateação quando se é criança. Quanto tempo falta para se avistar o mar? Os minutos viram horas e o relógio pára. Inventa-se sono, fome. A estrada parece não ter fim e tudo aparece pintado com as cores do tédio aos olhos da impaciência infantil. Na trajetória do fotógrafo Alberto Bitar, contudo, momentos como esse foram imprescindíveis para a formação do seu olhar como artista. Enquanto o pai dirigia e a mãe ocupava a poltrona do passageiro, ele absorvia, atento, cada detalhe da paisagem que passava veloz pela janela.


Alberto Bitar

A faixa branca tracejada que parecia contínua, as pessoas e bicicletas que se tornavam vultos e desapareciam na velocidade à margem da estrada. Imagens que passaram e se fixaram na memória do artista hoje compõem “Efêmera Paisagem”, quarta exposição individual de Bitar, que será aberta logo mais, às 18h, no Espaço Cultural do Basa, e permanece em cartaz até o dia 3 de julho. A exposição reúne fotografias e um vídeo de quatro minutos que são um retorno à infância. Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2009, “Efêmera Paisagem” é composta por imagens captadas do interior de veículos em movimento, prática que Bitar desenvolve desde o início de sua carreira, em 1992.


Alberto Bitar

“Sempre me atraiu o movimento, a possibilidade da fotografia capturar em um único frame a somatória de vários instantes, o fluxo do tempo”, conta Alberto, que aponta essa como a principal característica de seu trabalho pessoal com fotografia, como nas séries “Fotografismo” (1995), “Hecate” (1997) e, mais recentemente, em “Passageiro”(2005). “Há pouco tempo percebi que fotografar de dentro de veículos acaba me transportando àquela época em que olhava pela janela do carro e percebia as alterações na paisagem provocadas pela velocidade, momento que, acredito, acabou sendo essencial pra formação do meu olhar”.

NOSTALGIA

A criação do vídeo “Efêmera Paisagem”, ainda inédito em Belém, foi o ponto de partida para a concepção da série fotográfica. Produzido com imagens P&B captadas quando o artista voltava do interior do Pará para Belém, em 2005, a obra foi selecionada pelo programa Rumos Artes Visuais 2008/2009, promovido pelo Itaú Cultural, e participa de exposições em São Paulo, Rio Branco, Salvador e Rio de Janeiro ainda neste ano. A trilha sonora do vídeo, idealizada por Leo Bitar - primo de Alberto e parceiro em tantos outros trabalhos - mistura som ambiente e música eletrônica e é crucial para a criação de uma atmosfera de nostalgia, saudade e memória.

O espectador é convidado a entrar no carro e também compartilhar a viagem, com os olhos atentos, debruçado nessa janela imaginária. “Este trabalho é sobretudo uma oportunidade de compartilhar com o artista a estética de uma subjetividade que pertence a ele, que criou as imagens, e ao outro que, inevitavelmente, também se percebe nessa efêmera paisagem. São registros tão íntimos que provocam um intenso diálogo com o público.

Tanto no vídeo quanto nas fotografias prevalecem a melancolia e a saudade – um sentimento de incompletude difícil de descrever – que o espectador acaba transportando para sua vivência pessoal em uma leitura rica, múltipla ”, avalia Marisa Mokarzel, curadora da mostra. SERVIÇO: Abertura da exposição “Efêmera Paisagem”, de Alberto Bitar.Hoje, às 18h, no Espaço Cultural do Banco da Amazônia (av. Presidente Vargas, 800). A mostra permanece em cartaz até 3 de julho. Visitação de segunda à sexta, das 9h às 17h. Informações e agendamento de visitas: (91) 4008-3334/3670. A entrada é franca.

Fonte: (Diário do Pará)

Michel Pinho.

Prémio Espanha


Prêmio Fotojornalismo Espanha (para menores de 30): http://www.fotoyperiodismogijon.com:80/taller-periodismo/convocatoria-becas/

Enviado por Guy Veloso

terça-feira, 2 de junho de 2009