segunda-feira, 8 de março de 2010

A popularização da fotografia

Tirar a câmera do bolso, estender o braço em sua própria direção, ver a fotografia no visor de LCD e desligar o equipamento. A cena corriqueira e banal de hoje foi incorporada pelo cotidiano dos habitantes das grandes cidades do mundo. Sites de relacionamento como Orkut e Facebook, além do Flickr potencializaram a difusão das imagens digitais no século XXI.

A história da fotografia mostra que essa popularização é mais antiga que imaginamos. Quando os vários processos de fixação de imagem surgiram, os enormes equipamentos e o conhecimento de química e física faziam o trabalho de fotógrafo um ato quase mágico. A mudança significativa desse momento deu-se na segunda metade do século XIX com o processo de produção em massa de rolos de filme para o grande público.

Câmera Kodak de 1888.


George Eastman, 1884 criou a Eastman Dry Plate and Film Company. Em 1892, nasceu a Eastman-Kodak Company. Mais do que entender nomes de fábricas proponho que essa mudança seja entendida como fundamental: para realizar o ato fotográfico, o operador não precisava mais de largo conhecimento técnico. Bastava apertar um botão.


O cartaz de 1901 anunciava que qualquer criança podia operar a câmera.


Cem fotografias. Isso mesmo: cem fotografias. Essa era a quantidade de imagens registradas por um único rolo de filme em 1888. Apertava-se um botão, envia-se para Nova Yorque e o cliente receberia, via correio, os registros na comodidade do seu lar. O barateamento do processo e a popularização dos equipamentos transformaram o modo de ver o mundo e em especial as cidades no início do século XX. Mas isso é outra história...


Jornada fotógrafica no bairro da Campina, evento da Fotoativa - Foto: Valério Silveira


Jornada fotográfica Largo das Mercês, 2008 - Foto Irene Almeida.

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